- Pensamentos Budistas


Alguns pensamentos budistas:


Sobre o grande sonho em que vivemos (a vacuidade) e sobre a necessidade de acordar, de enxergar as coisas como realmente são:
"O que aparece à minha mente é indefinido e incerto.
Não posso ter certeza de que essa coisa existe só porque aparece à minha mente, e não posso estar seguro de que algo existe do modo como parece existir.
As coisas aparecem de modo diferente em momentos diferentes.
Enquanto minha mente for impura, continuarei a ter alucinações e aparências equivocadas.
Só uma mente de todo pura é capaz de perceber as coisas do modo como elas de fato são."
(Geshe Kelsang Gyatso)

Sobre a impermanência, nos sutras Vinaya, Buda diz:
"O fim da reunião é a dispersão,
o fim da subida é a queda,
o fim do encontro é a separação
o fim do nascimento é a morte"

Sobre a nossa infinita insatisfação:
"Incontáveis são os nossos desejos, mas por mais que nos esforcemos, temos sempre a impressão de que não foram satisfeitos.
Veremos que nossos desejos são descomedidos. Desejamos tudo o que há de melhor no Samsara*: o melhor emprego, o melhor parceiro, a melhor casa, o melhor carro... qualquer coisa que não seja a melhor deixa-nos uma sensação de decepção, assim continuamos sempre à buscar. Na realidade nenhum objeto impermanente é capaz de nos oferecer a satisfação completa e perfeita que desejamos.
Coisas melhores estão sempre sendo produzidas. Propagandas anunciam por toda parte a chegada da última novidade do mercado mas, após alguns dias, chega outra que supera a da véspera.
Sem contentamento, ainda que tenhamos grande fortuna, seremos espiritualmente pobres. "
(Geshe Kelsag Gyatso)

Sobre quando estamos diante de alguém que julgamos muito desagradável:

"Será que esta pessoa é tão desagradável quanto parece? Se o for, tenho razão de percebê-la dessa maneira?. Contudo, nem todo mundo a vê do mesmo modo. Ela tem amigos que a consideram bastante agradável.
Quem tem a percepção correta?
Visto que nossas opiniões divergem frontalmente e considerando que estamos observando uma mesma pessoa, eu e os amigos dela não podemos ter razão ao mesmo tempo."
(Geshe Kelsang Gyatso)

Sobre o apego, não só de nossas posses e pessoas, mas um pouco mais além:

"Pouco importa respeito,boa reputação e elogios. Não extraio grande benefício de nada disso e, quando os perco, não sou muito prejudicado. Palavras de censura não podem me ferir. Fortuna perde-se facilmente e os prazeres desta vida são passageiros. Não há porque me interessar tanto por essas coisas ou preocupar-me com elas." (Geshe Kelsang Gyatso)

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